"Talvez sejam fantasmas do passado. Talvez sejam ecos do futuro, futuro esse cujo rumo só pode ser piorado pelo presente", disseram.
Foste embora sem que ninguém tenha dado por isso. A confusão da orgia verbal deu-te a volta ao estômago e tu, assombroso como uma manhã de Inverno, bateste a porta com a força de mil homens. Não vale a pena voltares atrás, as tuas ilusões e enganos não a vão conseguir abrir, a porta está trancada com a chave da sensatez. Correste. Correste como nunca correste. Correste até teres a certeza de que só tu ouvias a tua tempestuosa dor. Caminhaste todas as ruas, de todas as cidades, de todos os países e não te encontraste em parte alguma. Subiste todas as montanhas e nenhum cume te deixou tão perto do Sol como querias. Sabias onde encontrar o calor que procuravas, ou não tivesses tu uma tendência para inúteis vontades impossíveis. Não precisas de ti para nada, qual é o objectivo? Já não tens sangue para sangrar e ainda vives. Não respiras nem sentes.
Parece que foste encomendado ao Inferno.
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